Gestão do Negócio

Quatro motivos que podem levar uma empresa ao fechamento

Vinicius Roveda Vinicius Roveda | Atualizado em: 07/07/2023 | 4 mins de leitura | ← voltar

Quatro motivos que podem levar uma empresa ao fechamento

Muitas pessoas querem empreender, mas nem todas elas estão munidas das ferramentas e conhecimento necessários para abrir o próprio negócio. Ter o capital inicial, contar com bons profissionais e possuir um produto ou serviço que tem espaço no mercado não garantem o sucesso de uma empresa se os recursos dela não forem bem geridos.

O gerenciamento empresarial inadequado é capaz de levar uma empresa ao fechamento logo nos primeiros anos.

Administrar de forma integral todos os setores da empresa é importante para controlar as finanças e demais recursos e definir como utilizá-los. Sem uma gestão sólida é impossível que o negócio cresça de forma sustentável. Neste contexto, diferentes erros podem ser cometidos e são eles os responsáveis pelo fim de uma empresa.

Falta de conhecimento sobre o mercado de atuação

A preparação para o mercado tem que ser pensada antecipadamente à sua entrada.

A grande falha cometida por empresários é a falsa percepção de que o o conhecimento a respeito do mercado em que se pretende entrar se restringe ao serviço oferecido em si, e fatores como hábitos dos clientes, concorrência e oferta de fornecedores, por exemplo, ganham atenção em um momento posterior.

Para uma gestão equilibrada, se faz necessário o conhecimento minucioso de todos os processos que integram um empreendimento, da fase “mão na massa”, para que possa avaliar o nível de qualidade de produção, ao conhecimento dos hábitos do consumidor alvo e suas expectativas, a fim de garantir a compra e sua fidelidade.

Falta de identidade

A pesquisa e inspiração em modelos de negócios de sucesso é saudável – não só na aprendizagem do mercado semelhante, como também na observação de erros a não serem cometidos novamente – porém, a sua cópia é um equívoco.

Sem a produção de uma identidade de marca, desenvolvendo uma estrutura com referências exteriores, mas com inovações próprias, gera-se apenas “mais do mesmo” e a empresa não se destaca pela sua falta de diferencial.

Se faz necessária, então, a partir da pesquisa do mercado e dos concorrentes que esse dispõe, uma análise acerca dos vácuos de serviços e ânsias dos consumidores ainda não atendidos. Como resultado, ocupa-se um lugar em um mercado já existente, porém com características próprias e serviço diferenciado.

Falta de planejamento

Característica encontrada em grandes empreendedores e determinante na longevidade de uma empresa diz respeito à capacidade de correr riscos calculados, ter consciência dos fatores que possivelmente podem levar ao fracasso. E, essas constatações são palpáveis a partir de um planejamento estratégico, que oferece dados seguros a se apoiar e ditar decisões. Na sua falta, o desenvolvimento fica exposto ao fator sorte, imprimindo ares de imaturidade e inexperiência.

Para auxiliar nessa complexa etapa, muitos empreendedores se apoiam em consultores especializados, que, por meio de uma avaliação da estrutura, farão estudos, pesquisas e fornecerão soluções às deficiências encontradas, facilitando o encontro com os resultados pensados.

Efeitos aliados das ausências de conhecimento e planejamento são suficientes no processo de desconstrução de um empreendimento. Casos reais de fechamento prematuro mostram que a falta de metas e prazos, informações financeiras imprecisas, decisões não tomadas ou decididas em momento errado, ou mesmo a dependência de fornecedores/funcionários são exemplos de fatores decisivos no fechamento das portas.

Falta de controle financeiro

Comum consequência à uma gestão desorganizada é o desencontro de valores. Isso decorre da falta de hábito do empreendedor em detalhar, seja em anotações ou planilhas, seus recebimentos e pagamentos e, assim, ter o o saldo de caixa sob controle. Dessa desorganização financeira, investimentos tornam-se inviáveis e o desenvolvimento da empresa também.

É necessário rigor. Eventuais discordâncias de valores têm que ser questionadas, planilhas de valores a receber e a pagar serem acompanhadas diariamente, diferenciar valores fixos e variáveis no planejamento, manter atenção aos preços cobrados por fornecedores, controlar o estoque, e com base nestes dados, realizar um balanço ao final de cada mês para que análises e projeções possam ser feitas.

A construção de um novo negócio pede conhecimento e atenção à teia de questões intrisecamente ligadas que ele traz consigo. Riscos sempre estarão presentes. O diferencial corresponde ao seu domínio; a partir do conhecimento de suas fontes, o sucesso empresarial é garantido.

Se previna, não tema.

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