O que você vai ver neste post:
- Entenda o que é o CNPJ alfanumérico, por que ele foi criado e quando entra em vigor;
- Veja como a mudança impacta empresas, sistemas e o que fazer para se adaptar;
- Descubra como a Conta Azul ajuda novos negócios a começarem já preparados para as mudanças da Receita Federal.
Mais de 4,1 milhões de empresas foram abertas no Brasil em 2024. De acordo com dados do Sebrae e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o país registrou 4.158.122 novos negócios ao longo do ano, um crescimento de 9,9% em relação a 2023.
Com tantos novos CNPJs sendo emitidos, a Receita Federal anunciou uma mudança importante: a partir de julho de 2026, entra em vigor o CNPJ alfanumérico, um novo modelo que vai misturar letras e números na identificação das empresas.
Essa alteração no CNPJ pode parecer apenas técnica, mas impacta diretamente a emissão de notas fiscais, o cadastro de empresas em sistemas públicos e privados, além da forma como novos negócios serão registrados a partir dessa data.
Neste artigo, você vai descobrir:
- O que é o CNPJ alfanumérico?
- Por que a Receita Federal criou o CNPJ alfanumérico?
- Novo CNPJ alfanumérico: quando começa e como será a transição
- O que muda com o novo CNPJ alfanumérico? É obrigatório para todos?
- Como será calculado o dígito verificador do CNPJ alfanumérico?
- Quais são os impactos para empresas e sistemas?
- Como se preparar para o novo CNPJ alfanumérico?
- Haverá custos com a mudança para o CNPJ alfanumérico?
- Como a Conta Azul ajuda sua empresa a começar do jeito certo
O que é o CNPJ alfanumérico?

O CNPJ alfanumérico é o novo formato de identificação das empresas no Brasil, que vai combinar letras e números na estrutura do CNPJ. A mudança foi anunciada pela Receita Federal e começará a valer a partir de julho de 2026, de forma gradual.
Atualmente, o CNPJ é formado por 14 dígitos numéricos, como neste exemplo: 12.345.678/0001-95. Com a nova proposta, alguns desses caracteres poderão ser substituídos por letras, criando uma combinação alfanumérica, ou seja, composta por números (0 a 9) e letras do alfabeto (A a Z).
Um exemplo de como o novo CNPJ pode ficar seria algo como: 1A.3BC.45D/0001-EF.
Essa mudança não altera a quantidade de caracteres, mas abre um leque muito maior de combinações possíveis, o que é essencial para acompanhar o crescimento do número de empresas no país.
Além disso, o novo formato seguirá utilizando o chamado Dígito Verificador (DV), que é um mecanismo para garantir a validade do número, calculado por um método chamado módulo 11 (falaremos mais sobre isso adiante).

Fonte: Receita Federal
Por que a Receita Federal criou o CNPJ alfanumérico?
A Receita Federal criou o CNPJ alfanumérico para resolver um problema simples, mas importante: a falta de combinações disponíveis no formato atual, que usa apenas números.
Com o aumento constante no número de empresas no Brasil, o modelo numérico estava se aproximando do limite de combinações possíveis. Ao incluir letras no CNPJ, o novo formato amplia significativamente as possibilidades, garantindo que o país continue podendo emitir identificações únicas para cada negócio.
Essa mudança também ajuda a manter a organização e segurança nas informações cadastrais, facilitando a vida de quem empreende e dos órgãos que controlam esses dados.
Ou seja: é uma evolução necessária para acompanhar o crescimento do empreendedorismo no Brasil.
Novo CNPJ alfanumérico: quando começa e como será a transição
A Receita Federal vai começar a emitir o novo CNPJ alfanumérico a partir de julho de 2026. Mas fique tranquilo: a mudança será feita de forma gradual, com um cronograma definido por tipos de empresa e atividades econômicas.
Para garantir uma transição tranquila, a Receita vai adotar uma comunicação ativa, avisando com antecedência os empreendedores, contadores e órgãos públicos.
Como será essa transição na prática?
- Apenas novos CNPJs (incluindo filiais) receberão o formato alfanumérico;
- Empresas que já possuem CNPJ numérico continuarão com o número atual, que segue válido;
- Os sistemas da Receita e de outros órgãos públicos serão atualizados para reconhecer os dois formatos (numérico e alfanumérico);
- A Receita vai divulgar um calendário oficial de implantação, informando quem será impactado em cada etapa.
Essa mudança tem como foco o futuro, garantindo que o sistema continue funcionando bem mesmo com o crescimento do número de empresas no Brasil.
O que muda com o novo CNPJ alfanumérico? É obrigatório para todos?
A principal novidade do CNPJ alfanumérico é que ele vai combinar letras e números na composição do número do CNPJ. Apesar dessa mudança visual, nem todo mundo será impactado.
Quem será impactado?
- Apenas novas empresas abertas a partir de julho de 2026 terão CNPJs com letras;
- Empresas que já têm CNPJ numérico continuarão com o mesmo número. Ele continua válido e não precisa ser alterado;
- Mesmo no caso de filiais criadas após essa data, o número poderá vir com letras.
A mudança é obrigatória?
- Não. Empresas já existentes não precisam trocar de número nem fazer qualquer atualização cadastral na Receita;
- O novo modelo será adotado somente para novas inscrições, e de forma gradual, conforme cronograma da Receita Federal.
Na prática, o novo CNPJ alfanumérico não muda nada para quem já empreende hoje, mas exige atenção de quem trabalha com sistemas ou abre filiais para garantir que tudo esteja pronto para reconhecer o novo formato.
Como será calculado o dígito verificador do CNPJ alfanumérico?
O dígito verificador (DV) do novo CNPJ alfanumérico continuará sendo calculado pelo algoritmo do módulo 11, como já acontece hoje. A diferença é que agora as letras também entram no cálculo e, para isso, cada caractere (número ou letra) será convertido em número com base na tabela ASCII.
Como isso funciona?
A Receita Federal determinou que todos os caracteres do CNPJ (letras e números) serão convertidos usando a tabela ASCII. Depois, para cada caractere, será subtraído o número 48, e esse resultado é o valor que entra na conta, conforme a tabela a seguir:
TABELA ASCII
Caractere | Valor Decimal |
0 | 48 |
1 | 49 |
2 | 50 |
3 | 51 |
4 | 52 |
5 | 53 |
6 | 54 |
7 | 55 |
8 | 56 |
9 | 57 |
A | 65 |
B | 66 |
C | 67 |
D | 68 |
E | 69 |
F | 70 |
G | 71 |
H | 72 |
I | 73 |
J | 74 |
K | 75 |
L | 76 |
M | 77 |
N | 78 |
O | 79 |
P | 80 |
Q | 81 |
R | 82 |
S | 83 |
T | 84 |
U | 85 |
V | 86 |
W | 87 |
X | 88 |
Y | 89 |
Z | 90 |
A Receita vai disponibilizar rotinas de cálculo prontas, facilitando a adaptação dos sistemas das empresas.
Exemplo de cálculo do dígito verificador
Imagine o CNPJ fictício: 12.ABC.345/01DE-dv.
- As letras “A”, “B”, “C”, “D” e “E” têm valores ASCII de 65 a 69. Subtraindo 48, temos: 17, 18, 19, 20 e 21;
- Esses valores são multiplicados por pesos específicos definidos pela Receita;
- A soma dos resultados passa por uma divisão, e o resto dessa conta define os dois dígitos verificadores.
No exemplo da Receita, o número final fica assim: 12.ABC.345/01DE-35
Você não precisa fazer esse cálculo manualmente, apenas garantir que seus sistemas estejam atualizados para processar o novo formato.
Quais são os impactos para empresas e sistemas?
Com a chegada do CNPJ alfanumérico, empresas e sistemas de gestão precisarão estar preparados para reconhecer e processar o novo formato, que combina letras e números.
Mesmo que sua empresa já tenha um CNPJ e não precise trocar de número, ainda assim será necessário atualizar os sistemas internos para evitar problemas de integração com parceiros, fornecedores e órgãos públicos.
Os principais impactos são:
- Emissão de notas fiscais eletrônicas: os sistemas devem aceitar CNPJs com letras;
- Integrações com fornecedores e clientes: cadastros e automações precisam reconhecer o novo formato;
- Obrigações fiscais e contábeis: softwares de escrituração devem estar adaptados ao novo padrão;
- Plataformas públicas e privadas: como bancos, prefeituras e sistemas como SERASA e SPC, também precisam se atualizar.
A Receita Federal vai disponibilizar ferramentas e exemplos para apoiar na adaptação. Mas a responsabilidade por atualizar os sistemas é de cada empresa ou fornecedor de tecnologia.
Como se preparar para o novo CNPJ alfanumérico? Veja o checklist
Mesmo que o novo CNPJ alfanumérico só seja usado por empresas abertas a partir de julho de 2026, é importante que você, empreendedor, esteja pronto para lidar com o novo formato, especialmente se emite notas fiscais, tem filiais ou usa sistemas de gestão.
Confira abaixo um checklist simples para garantir que sua empresa está preparada:
1. Converse com seu contador ou BPO financeiro
Verifique se ele já está por dentro das mudanças e preparado para orientar sobre atualizações necessárias.
2. Atualize seus sistemas de gestão e emissão de notas
Confirme com o fornecedor do seu sistema ERP se a ferramenta já aceita CNPJs com letras.
3. Revise cadastros e integrações
Plataformas que usam CNPJ para identificar clientes ou fornecedores precisam aceitar o novo formato.
5. Treine sua equipe
Quem atua no financeiro, fiscal ou atendimento deve saber identificar e validar um CNPJ com letras.
6. Acompanhe os comunicados da Receita Federal
A Receita divulgará um calendário com os detalhes da implantação progressiva.
Fazer essas checagens com antecedência evita dores de cabeça no futuro e garante que sua empresa continue operando sem interrupções.
Haverá custos com a mudança para o CNPJ alfanumérico?
A adoção do CNPJ alfanumérico não terá nenhum custo direto cobrado pela Receita Federal. Porém, pode haver custos internos para que sua empresa se adapte à novidade.
Esses custos estão principalmente relacionados à atualização de sistemas, como:
- ERPs e softwares de emissão de notas fiscais;
- Plataformas que fazem validação de CNPJ;
- Sistemas internos de controle financeiro, contábil ou fiscal.
Além disso, pode ser necessário ajuste técnico com suporte de TI ou do fornecedor do sistema que você utiliza hoje.
Vale reforçar: quem já tem CNPJ não precisa trocar de número, então só precisa se preocupar com a parte técnica de compatibilidade
Como a Conta Azul ajuda sua empresa a começar do jeito certo
Com a chegada do novo CNPJ alfanumérico, muitas empresas que estão sendo abertas a partir de 2026 já vão nascer com o novo formato. E contar com um ERP que acompanha as mudanças fiscais e oferece estrutura desde o primeiro dia é essencial para evitar erros, retrabalho e burocracia.
A Conta Azul é o ERP ideal para novas empresas que querem:
- Emitir notas fiscais eletrônicas com facilidade: tudo de forma automatizada, com controle de clientes, produtos e serviços em um só lugar;
- Trabalhar em sintonia com o contador: o ERP se conecta com o contador em tempo real, garantindo conformidade fiscal sem complicações;
- Ter controle total das finanças: visualize receitas, despesas, fluxo de caixa e relatórios que ajudam a tomar decisões seguras desde o início.
A gente sabe como empreender já é um desafio. Com a Conta Azul, você tem tecnologia de ponta, fácil de usar, e que acompanha todas as evoluções do mercado, inclusive as mudanças no CNPJ. Experimente grátis!