O que você vai ver neste post:
- Para que um negócio sobreviva de maneira saudável e sem dívidas é necessário ter capital de giro;
- Trata-se do valor necessário para pagar as contas de um determinado período (geralmente um mês), sem prejudicar a operação da empresa;
- Você pode facilitar todo esse processo usando a plataforma de gestão completa da Conta Azul. Teste grátis agora!
Toda empresa já passou por momentos em que os gastos são maiores do que os ganhos. Isso é mais comum do que parece e pode ser administrado com tranquilidade, desde que o negócio conte com um bom capital de giro.
É esse valor que garante o funcionamento da empresa no dia a dia, mesmo quando há atrasos nos recebimentos. Em outras palavras, o capital de giro para empresas funciona como uma reserva que mantém as contas em dia enquanto o dinheiro das vendas ainda não entra.
Mas o que é capital de giro, exatamente? Ele representa o montante necessário para cobrir as obrigações financeiras em determinado período, e vai muito além de apenas somar despesas. É preciso entender também os ativos e passivos do negócio para fazer um cálculo correto.
Ainda tem dúvidas sobre o capital de giro, como funciona e qual o seu impacto na saúde financeira da empresa? Continue a leitura para aprender como calcular, qual a fórmula e como gerenciar esse valor de forma eficiente.
- O que é capital de giro?
- Capital de giro para empresas: por que ele é tão importante?
- Qual a diferença entre capital de giro e capital de giro líquido?
- Como calcular capital de giro?
- Como manter o capital de giro saudável?
- 5 dicas práticas para manter o capital de giro em dia
- Capital de giro e autofinanciamento: como se relacionam?
- Receita recorrente ajuda no capital de giro?
- Como a Conta Azul ajuda na gestão do capital de giro?

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Capital de giro é o valor que a empresa precisa manter em caixa para funcionar bem todos os dias. Essa reserva é usada para garantir o pagamento das despesas e a continuidade das operações enquanto o dinheiro das vendas ainda não entrou.
Ou seja, o capital de giro mantém o negócio rodando mesmo nos meses em que os ganhos são menores do que os gastos.
Vamos a um exemplo simples para entender o que é capital de giro na prática: imagine o dono de uma fábrica de roupas. Ele precisa pagar embalagens, fornecedores de tecido, etiquetas, equipamentos e outros custos fixos. Se para manter a produção ele precisa de R$ 1.000 por mês, esse valor deve estar disponível em caixa, mesmo que os clientes ainda não tenham pago.
Se em agosto a empresa faturar R$ 2.000, será possível pagar as contas e ainda lucrar R$ 1.000. Mas, se em setembro o faturamento cair para R$ 500, será necessário usar R$ 500 do capital de giro para cobrir o restante das despesas do mês.
Esse valor de reserva é o que garante o equilíbrio financeiro, permitindo que o negócio pague fornecedores, salários, impostos e mantenha as atividades mesmo em períodos de menor receita.
Durante esse ciclo, a empresa tem recursos que entram (ativos) e que saem (passivos). Em alguns momentos, é normal que as despesas sejam maiores do que as entradas, e é exatamente por isso que ter capital de giro suficiente é fundamental para manter a empresa saudável.
Quanto maior o prazo para receber pelas vendas, maior a necessidade de dinheiro em caixa. Afinal, enquanto o dinheiro ainda não entrou, as contas continuam chegando e é o capital de giro que cobre esse intervalo.
Capital de giro para empresas: por que ele é tão importante?
O capital de giro é a base financeira para sustentar qualquer empresa.
Nesse contexto, é muito importante dispor de capital inicial, pois ele não é aplicado apenas na estrutura e no pessoal, mas também na reserva de caixa necessária para começar a operar.
A lógica do empreendedorismo é investir primeiro para ter lucro depois. Mas, isso só é possível quando há capital disponível.
Além de cobrir as despesas do negócio enquanto não entra o dinheiro das vendas, o capital de giro também viabiliza a venda a prazo.
Isso ocorre porque, com reserva suficiente em caixa, a empresa pode sustentar um déficit temporário de recursos. E, com os prazos de pagamento ampliados, as vendas também aumentam.
Além disso, com dinheiro em caixa, torna-se mais fácil aproveitar a sazonalidade para antecipar investimentos e compensar o valor com as futuras vendas.
Do contrário, a continuidade das operações é comprometida – ou mesmo interrompida. A empresa também pode deixar de aproveitar boas oportunidades por falta de saldo.
Pense no caso de um hotel em uma cidade turística apenas no verão. Dificilmente, no inverno, a empresa dará lucros. Mas, com um bom controle financeiro, é possível que o capital de giro cubra os custos das épocas com menos movimento.
Por isso, saber quanto a empresa precisa ter em caixa é essencial para manter as reservas em equilíbrio, o que garante a lucratividade do negócio.
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Qual a diferença entre capital de giro e capital de giro líquido?
Antes de entender o que é o que é capital de giro líquido (CGL), é necessário compreender os conceitos de:
Ativo circulante: é todo bem ou capital que a empresa já tem ou deve receber em curto prazo (no máximo um ano), como dinheiro em caixa e na conta bancária, aplicações financeiras, duplicatas, contas a receber e itens em estoque;
Passivo circulante: é toda dívida ou obrigação que a empresa deve pagar em até um ano, como contas a pagar, boletos de fornecedores, folha de pagamento, impostos, empréstimos, etc.
Dessa forma, enquanto o capital de giro se restringe às movimentações operacionais do negócio, o capital de giro líquido considera todos os ativos e passivos de curto prazo.
O que, na prática, acaba sendo utilizado como um indicador de liquidez, que diz respeito à capacidade financeira da empresa de pagar as suas contas em dia.
O cálculo padrão do capital de giro não inclui ativos como aplicações financeiras e saldo atual em caixa, nem empréstimos tomados pelo negócio.
Já o CGL leva em conta todas as entradas e saídas – e não somente aquelas diretamente relacionadas às operações, como contas a pagar e a receber.
Por isso, o CGL também é chamado de capital circulante líquido e corresponde ao valor que a empresa precisa para honrar todos os seus compromissos financeiros a curto prazo.
Logo, o capital de giro líquido é o indicador mais seguro para calcular se um negócio tem como arcar com suas despesas imediatas ou não.
Como calcular capital de giro? Fórmula e exemplo
Na maioria das vezes, os gastos vêm antes dos ganhos e, por isso, todo empreendedor precisa entender como calcular capital de giro. Assim, é possível saber exatamente quanto deve manter de reserva para não comprometer o funcionamento da empresa.
Esse valor varia conforme o ciclo de operação. Quanto maior o prazo de recebimento, mais dinheiro a empresa precisa ter em caixa.
Como o objetivo é agir rapidamente ao identificar a falta de recursos, o cálculo do capital de giro deve fazer parte da rotina de gestão financeira.
Tudo começa com o levantamento e separação dos custos fixos — aqueles que, se não forem pagos, podem comprometer o funcionamento do negócio, como folha de pagamento, aluguel, contas de consumo e manutenção da operação.
Somadas essas despesas, é hora de entender quanto a empresa precisa vender para quitá-las e ainda gerar lucro. Para isso, vale usar a margem de contribuição.
Se a empresa trabalha com estoque, esse valor deve ser incluído nos ativos. E se o objetivo for calcular o capital de giro líquido (CGL), é importante considerar também empréstimos, aplicações, impostos a recuperar e outros passivos e ativos de curto prazo.
Fórmula do capital de giro
De forma geral, a fórmula mais usada é a seguinte:
Capital de Giro Líquido (CGL) = Ativos Circulantes (AC) – Passivos Circulantes (PC)
O valor da reserva recomendada costuma representar até 60% dos ativos totais.
Exemplo prático de cálculo de capital de giro
Vamos supor que sua empresa tenha o seguinte cenário no fim do mês:
- Ativos circulantes: R$ 500 em caixa, R$ 2.600 no banco, R$ 20.000 em contas a receber e R$ 4.000 em estoque.
- Passivos circulantes: R$ 4.500 para fornecedores, R$ 600 de aluguel, R$ 300 de contas de consumo, R$ 500 de empréstimo, R$ 300 de impostos e R$ 6.000 de folha de pagamento.
Cálculo com a fórmula completa:
R$ 27.100 – R$ 12.200 = R$ 14.900
Esse é o valor de capital de giro necessário para manter os compromissos em dia e garantir a continuidade das operações.
Também é possível usar uma fórmula simplificada, mais voltada para o ciclo financeiro do negócio:
Capital de Giro (CG) = Contas a Receber + Estoque – Contas a Pagar
No exemplo:
R$ 20.000 + R$ 4.000 – (R$ 4.500 + R$ 600 + R$ 300 + R$ 6.000 + R$ 300)
R$ 24.000 – R$ 11.700 = R$ 12.300
Esse resultado simplificado pode ser levemente diferente do CGL, mas ainda representa bem a necessidade média de capital de giro mensal da empresa.
Como manter o capital de giro saudável?
Os principais objetivos de uma boa gestão do capital de giro são:
Manter as reservas em equilíbrio para sustentar as operações do negócio;
Prevenir a inadimplência;
Evitar a necessidade de recorrer a capital externo (como empréstimos de bancos).
Para alcançá-los, é preciso gerenciar o dinheiro de forma cuidadosa e se atentar a um fato importante: há períodos em que se vende mais e outros menos. Por isso, a gestão financeira do capital de giro acaba sendo um ponto crítico do negócio.
Imagine que a empresa do exemplo anterior conseguiu manter a reserva de R$ 12.600 durante 6 meses, mas que, no sétimo mês, as vendas caíram 30%.
Nesse caso, para que a meta de capital de giro seja mantida, o gestor precisa tomar medidas de contenção de gastos para evitar a perda das reservas.
Porém, não basta calcular a sobra de todo mês. Também é preciso reavaliar as receitas e despesas continuamente para que os ajustes mantenham a margem necessária para o ciclo do giro.
Principais estratégias
Em resumo, a principal estratégia para manter as reservas da empresa é a redução de custos, que pode ser alcançada com as seguintes ações:
Renegociar os juros cobrados por empréstimos junto às instituições financeiras;
Controlar a inadimplência e ter um bom processo de cobrança, para garantir que as compras a prazo sejam pagas;
Ajustar o recebimento de mercadorias com fornecedores, de maneira que eles sejam vendidos rapidamente, evitando o acúmulo de estoque;
Revisar anualmente contratos, seja com fornecedores, clientes e bancos, a fim de localizar os pontos a serem renegociados e custos a serem reduzidos.
Além disso, é importante implementar estratégias de vendas para não deixar produtos parados em estoque e evitar o “represamento” dos ganhos.
5 dicas práticas para manter o capital de giro em dia
Antes de tudo, é necessário um bom planejamento para gerenciar todos os gastos da empresa, assim como a entrada de dinheiro previsto.
Para ajudar os empreendedores nesse processo, separamos algumas dicas sobre como fazer uma boa gestão do capital de giro. Veja quais são elas:
1. Identifique e corte gastos desnecessários
É muito importante que você descubra quais gastos podem ser reduzidos – ou até mesmo cortados. Porém, é necessário ter cuidado para não prejudicar a operação e a qualidade do que é oferecido aos seus clientes. Os cortes devem ser realizados em setores que não afetem a operação do negócio.
2. Tenha disciplina
Outro ponto fundamental é não utilizar o capital de giro para cobrir alguma despesa e deixar de repor a quantia quando tiver o dinheiro.
Apesar de algo simples, esse pode ser o começo da ruína financeira do seu negócio. Portanto, seja criterioso com o seu controle do capital de giro e evite riscos futuros.
3. Negocie com fornecedores e clientes
Seja solicitando descontos para pagamentos à vista ou aumentos de prazos, negocie com seus fornecedores. Já com os clientes, tente ao máximo reduzir os financiamentos, mesmo sendo algo difícil. Uma dica aqui é oferecer valores mais atrativos à vista.
4. Antecipe pagamentos a receber
Para que você tenha mais dinheiro em caixa, outra alternativa é buscar instituições financeiras que ofereçam a antecipação de recebíveis.
No entanto, é preciso tomar cuidado! Em alguns casos, a taxa de juros cobrada pode ser muito alta e não vale a pena.
5. Se necessário, faça um empréstimo
O empréstimo, às vezes, é visto como vilão por muitos empreendedores. Porém, se você estiver precisando de dinheiro para capital de giro e tiver dívidas, optar por essa linha de crédito pode ser interessante.
Mas fique atento para isso não se tornar uma regra! Afinal, os empréstimos devem ser feitos apenas como última alternativa, visto que apresentam altas taxas de juros.

Capital de giro e autofinanciamento: como se relacionam?
Como vimos, um dos principais objetivos da gestão é reduzir ao máximo a necessidade de capital de terceiros, evitando assim a cobrança de juros e o aumento de custos.
Nesse contexto, o cenário ideal é sempre o autofinanciamento, ou seja, a capacidade de aplicar apenas recursos próprios na operação da empresa para um bom controle financeiro.
Quando a situação aperta, o empreendedor procura linhas de crédito para financiar seu capital de giro, que costumam ter taxas menores e condições especiais nos bancos.
Mesmo assim, esses empréstimos são formas de endividamento que, quando não são bem gerenciadas, prejudicam a lucratividade do negócio.
Logo, é mais vantajoso se autofinanciar com o capital de giro, pois você não precisa recorrer ao dinheiro de terceiros e pode reinvestir o que sobrar no negócio, em vez de pagar juros e prestações.
No mercado, existem startups que praticam o chamado bootstrapping. Este é o ato de lançar a empresa apenas com recursos próprios, sem depender do dinheiro de investidores e aceleradoras, como ocorre normalmente.
É um caminho mais difícil e o crescimento pode ser mais lento, mas vale a pena não ter que dividir os lucros quando o negócio dá certo.
Então, se você tiver essa possibilidade, opere com capital próprio e construa um negócio autossustentável.
Receita recorrente ajuda no capital de giro?
A receita recorrente se dá quando o cliente tem a possibilidade de realizar o pagamento de um produto ou serviço através de mensalidades, como em planos por assinatura.
Esse formato de pagamento permite que a empresa tenha maior controle do seu capital de giro, já que é possível prever quanto receberá em determinado período. Ou seja, é um capital previsível que pode impulsionar o fluxo de caixa e dar estabilidade financeira à empresa.
Vale destacar que os benefícios da receita recorrente não são sentidos apenas no seu negócio: o cliente também se beneficia.
Além de reduzir a taxa de inadimplência, que pode chegar a 0% pelo cartão de crédito, também permite que os consumidores organizem melhor o seu orçamento.
E quando se tem um sistema para apoiar esse processo, os custos com cobranças são menores. Afinal, não é necessário uma equipe inteira para cobrar os inadimplentes, que são avisados automaticamente.
Saiba mais sobre receitas recorrentes aqui!

Como a Conta Azul ajuda na gestão do capital de giro?
Como você viu, são muitos os detalhes que envolvem a gestão financeira de uma empresa. Então, para se organizar melhor, a tecnologia pode ajudar. Afinal, papel, caneta e planilhas são úteis apenas quando o negócio está iniciando e tem poucas transações.
À medida que a empresa cresce, é indispensável automatizar os processos financeiros para economizar tempo e reduzir os erros manuais e o retrabalho.
A Conta Azul Pro é uma plataforma de gestão integrada, completa e fácil de usar, perfeita para quem está no mercado ou começando agora. Com ela:
Acompanhe de perto o fluxo de caixa e obtenha relatórios diários, mensais e anuais para tomar melhores decisões;
Controle seus recebimentos e suas vendas e não se perca no extrato bancário;
Gerencie clientes inadimplentes e otimize de vez o seu processo de cobrança;
Monitore suas contas a pagar e analise a fundo custos e despesas do negócio;
Calcule o prazo médio de pagamento e recebimento dos seus produtos;
Compartilhe as informações financeiras automaticamente com o contador, sem precisar de malotes;
Tenha acesso a relatórios completos sobre as movimentações financeiras da empresa, como DRE Gerencial, análise de pagamentos e recebimentos, giro de estoque e posição de contas.
Assim, a partir dos dados que nosso ERP online gera, o empreendedor só precisa calcular a necessidade de capital de giro da sua empresa e reavaliar as metas mês a mês.
Além disso, com o Aplicativo Conta Azul de Bolso, é possível acompanhar as vendas, os recebimentos, fluxo de caixa e estoque em tempo real pelo seu celular.
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